domingo, 6 de maio de 2012

Sacramentos e Guias de Segurança



SACRAMENTOS DA UMBANDA
A Umbanda trabalha com alguns sacramentos que são parecidos com os da Igreja Católica como casamento, funeral, batismo e outros como:
Casamento é realizado pelo guia chefe da casa ou pelo sacerdote responsável pelo centro, e não pertence só aos médiuns da casa, qualquer um que deseje casar-se na Umbanda pode pedir este sacramento.
Funeral é realizado pelo sacerdote do terreiro e sofre alterações de acordo com a condição do morto, se é iniciado na Umbanda ou não.
 - Batismo é realizado sempre pêlo guia chefe do terreiro e pode ser para crianças ou adultos e também  não se restringe apenas aos médiuns da casa.
Os outros sacramentos da Umbanda são referentes aos graus de iniciação dos médiuns da casa, são eles:
Feitura: ritual de iniciação na umbanda que consiste em vários rituais de limpeza e em um recolhimento, que pode variar de 3 a 7 dias, de acordo com o orixá da pessoa.
- Coroação: para médiuns já com feitura e que possuem a missão de se tornarem zeladores de umbanda.
- Amaci: ritual de lavagem da cabeça do médium, já desenvolvido, com ervas e outros elementos rituais, que consiste na preparação da vibração deste médium para incorporar o seu guia protetor de umbanda, que se manifestará no ritual e dirá qual o trabalho que aquele médium irá desenvolver na umbanda. 
- Confirmação: ritual para médiuns que completam 21 anos de idade carnal, e já pertencem a umbanda e possuem o amaci.
- Deitadas: ritual em que o médium da casa é recolhido com oferendas para o seu orixá e exús para fortalecer a sua mediunidade.


GUIAS DE SEGURANÇA


É muito comum adentrar-se em um Terreiro de Umbanda e ver os médiuns usando guias de segurança. Entretanto se perguntarmos o porquê do uso de determinada guia, sua cor, sua maneira de ser colocada no corpo, etc. a grande maioria não sabe responder. Ao usar uma guia, o médium deve saber o porquê e a importância dela.  São ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam. São compostas de certo numero de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço ou Náilon) ou linha de pescar, obedecendo a uma numerologia especifica e uma cromologia adequada, ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular. De todos estes elementos citados, destacam-se as contas de cristal e os fios de aço, como aqueles que possuem melhores condições para captação de vibração.  Utilizadas como um colar, durante um trabalho espiritual (p/ Ex. Gira de trabalho), pela entidade incorporada, tem função de servir como ponto de atração (Imã) e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, e, portanto como elemento facilitador da sintonia e isolamento (contra vibrações negativas ou estranhas ao trabalho), para o médium incorporado.Em princípio a guia deve ser confeccionada sob a orientação da entidade a qual se destina a ela mesma (a Entidade) e dirá quais as cores, o número de contas, a seqüência de como serão colocadas as contas e se quer medalha ou arma ou ainda algum tipo de semente. Desta forma, o médium dirá através da sua guia, sua descendência espiritual. Os médiuns iniciantes devem usar somente guia de Anjo de Guarda. Somente os médiuns femininos que trabalham com entidade masculinas, ou médiuns masculinos que trabalham com entidades femininas podem e devem cruzar a guia da entidade; ou seja, ao invés de colocar no pescoço caindo sobre o peito, a mesma deve ser colocada no pescoço, descendo sob o braço, caindo ao lado. Toda e qualquer guia deve ser confeccionada com contas de cristal ou sementes, jamais use material plástico para essa finalidade.  Lembre-se de que o uso da guia de segurança é por necessidade, não porque se acha bonito ou porque cause maior respeito, pois se ela não for de alguma entidade que trabalhe com você, não surtira nenhum efeito e de pouco valerá usá-la.
Alguns procedimentos devem ser observados, no tocante ao uso e confecção das guias:
  1. São elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser confeccionadas, manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.
  2. Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual (tanto positivo quanto negativo). A confecção ou manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional.
  3. Como elemento de atração e isolamento, funciona como um tipo de "Para-Raios", atraindo para si, toda (ou quase) a carga negativa ou estranha ao médium, isolando-o até certo ponto. No entanto, as guias irão permanecer "carregadas”, até serem devidamente "limpas".
  4. Excepcionalmente, podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição. Nestes casos, 10 a 15 minutos de uso são suficientes.
  5. Em qualquer dos casos, a guia ira proporcionar uma interferência no campo magnético do médium. Dependendo da situação ou circunstância, poderá ate mesmo causar-lhe um certo desconforto aparente ou mal-estar, devido a um aceleramento de sua faixa vibratória.
  6. A utilização indiscriminada de guias cruzadas, ou seja, aquelas confeccionadas de forma a atrair 2 ou mais falanges ou vibrações, pode comprometer desfavoravelmente um trabalho, visto que, a vibração atuante é manipulada pelas entidades, de acordo com o objetivo a ser alcançado. O mais adequado é confeccionar guias separadas, que poderão ser utilizadas em conjunto, quando e caso, a necessidade se apresentar.
  7. Mesmo durante um trabalho espiritual ou ritualístico, notadamente antes de uma incorporação, o uso indiscriminado de diversas guias ao mesmo tempo, poderá prejudicar a sintonia do médium, uma vez que, diversas falanges serão atraídas ao mesmo tempo.
  8. Apenas em casos muito raros e excepcionais, pode ser utilizadas em outra pessoa, como forma a favorecê-la com uma vibração positiva específica (notadamente em relação à saúde), observando-se, contudo o cuidado de ao retirá-las, limpa-las adequadamente antes de serem reutilizadas pelo médium.
  9. Pelos motivos expostos, o uso de guias pertencentes ou recebidas de outras pessoas, é uma pratica normalmente desaconselhável a um médium.
  10. Como vimos, as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium. Utilizar a guia em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual, ou por mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representa. Abaixo encontram-se relacionadas às cores das Guias de acordo com os Orixás:


Oxalá
Branco
Yemanjá
cristal/azul e branco
Ogum
Vermelho
Oxossi
Verde
Xangô
Marrom
Oxum
azul claro
Yansã
amarelo ouro
Omolú e Obaluaê
preto e branco
Nana
Roxo


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