Na
Umbanda temos as principais falanges que se manifestam em todos os terreiros,
entre elas; pretos velhos, caboclos, boiadeiros, baianos, crianças, oriente,
marinheiros, ciganos, exus e pombas giras.
Pai Joaquim de Angola
PRETOS - VELHOS
Existe na
Umbanda uma linda falange denominada de “Falange dos Pretos-Velhos” ou “Linha
das Almas”. Originário dos escravos no cativeiro, os pretos-velhos tem como
característica principal à prática da caridade. Como disse, os pretos-velhos
viviam no cativeiro amontoados em senzalas, alimentavam-se de mingau de
farinha, inhame, toucinho, banana, enfim comiam tudo que tivesse calorias
baratas. Eram submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho. Só
os mais fortes sobreviviam. Um preto-velho quando incorpora no médium vem de
forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se
com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno
banco de madeira, que lembra o antigo tosco que existia nas senzalas. São
espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e
que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são
de ajuda àqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que, o
seu trabalho se desenvolve, mas para o lado emocional e físico, das pessoas que
os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos. Sua paciência em escutar os problemas e
aflições dos consulentes, faz deles as entidades mais procuradas na Umbanda,
são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda.
Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar
pessoas doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas
como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos
de magia e que os consulentes usam no corpo para proteção. Da mesma forma que
os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando
sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando a aura de
larvas astrais e energias negativas.
Destaco
abaixo alguns nomes de pretos-velhos que baixam prestando inúmeras caridades:
Pai
Joaquim da Angola
|
Vovó
Maria Conga
|
Pai
Joaquim do Congo
|
Vovó
Cambinda
|
Pai
João do Congo
|
Vovó
Luíza
|
Vovô
Rei do Congo
|
Vovó
Benedita
|
Pai
Jacó
|
Vovó
Maria Redonda
|
Vovô
João de Aruanda
|
Tia
Maria
|
Pai
Benedito
|
Vovó
Catarina D’Angola
|
A
denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco
com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as
almas de todos os índios antes e depois do descobrimento da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de
desenvolvimento mediúnico, curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução
de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma
série de outros serviços e atividades executados nas tendas. Os caboclos,
espíritos de índios, tidos como o braço forte da Umbanda, não trabalham somente
nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo,
nas chamadas sessões de "mesa branca". pois estes nossos irmãos
depois de desencarnarem, ainda conserva um corpo espiritual bastante denso
carregado de fortíssima vitalidade. São entidades, espíritos de índios
brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros
conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que
tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da
fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em
todas as linhas, atuando em diversas vibrações. Entretanto, cada um deles tem
uma vibração originária, que pode ser ou
não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxossi, ou
seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos
que Caboclos diferentes possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se
apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxossi ou Omulu. Já as
Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou
de Nanã. Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do
Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar
em um sensitivo que é filho de Oxossi; apenas neste caso, a entidade, embora
sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxossi. No panorama espiritual rente a
Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos
nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são
fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos
espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São
também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão, pois, pegam o obsessor
contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força
magnética e levando-o para outra região. Os caboclos são espíritos de muita luz
que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem a esse povo
que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo
conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas
produzem curas inesperadas. Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para
banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com
trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia
de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não
existem trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é
verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e
prepará-lo para que nós consigamos os nossos objetivo. A magia praticada pêlos
espíritos de caboclos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de
magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia
negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta
magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu
verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam
atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas
falsas que sabemos nunca são atendidas. Mais graças a Oxalá, esses terreiros
estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a
verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de
Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé. Os caboclos de Umbanda são entidades simples
e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os
procuram. Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias
cores imantados na energia de cada Orixá ) , velas, geralmente de cera,
essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será
disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o
trabalho. Quando fazemos um trabalho para uma entidade da Umbanda e colocamos
algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta
comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento
que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que
emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor
do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado
para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades
fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda. Muitas vezes a
Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e
bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual
que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o
fará para o bem de todos.No culto de Umbanda, Oxossi é o chefe da linha de
caboclos. O caboclo é a imagem do
indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes,
canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças aos tempos de aldeia .
Conhecedores de muitas ervas, os caboclos têm um papel muito importante: os remédios de ervas e amacis, em que amacis
são mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do
filho-de-santo. Já os remédios de ervas
são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até
mesmo curar doenças. Nisso tudo os
caboclos têm participação muito especial e são encarados e interpretados pelo
povo como uma entidade que veio ajudar e aliviar as pessoas dos seus problemas.
Alguns
nomes de caboclos:
Caboclo
Pena Branca
|
Caboclo
7 Estrelas
|
Caboclo
Ubirajara
|
Caboclo
Guará
|
Caboclo
Tupinambá
|
Caboclo
7 Fechas
|
Caboclo
Ubiratan
|
Cabocla
Jurema
|
Caboclo
Pena Verde
|
Caboclo
Pena Azul
|
Caboclo
Urubatão
|
Caboclo
Cobra Coral
|
Dentre
muitos caboclos que baixam em vários terreiros, o Caboclo Boiadeiro tem sempre
uma participação especial nas seções de caboclo. Boiadeiro é muito respeitado e
aplaudido por trazer de volta ao nosso convívio toda a sua experiência
adquirida em tempos de boiada, do sertão bravio, do homem responsável pela conduta
da boiada do seu patrão. De um modo geral, Boiadeiro usa um chapéu de couro com
abas largas (para proteger-lhe do sol forte), calças arregaçadas e movimenta-se
muito rápido. Um pequeno cântaro para carregar água, tão importante para a
viagem. O chicote que usa para açoitar a rez feroz. A corda, usada para laçar o
boi bravo, ou para pegar aquele que se afasta da boiada, ou ainda usada para
derrubar o boi para abate. Boiadeiro, na verdade, traz toda uma soma de
sabedoria acumulada dessas viagens e vivências do campo. Na verdade, estamos
descrevendo uma maravilhosa entidade de muita luz e muita força. O caboclo boiadeiro
está ligado com a imagem do peão boiadeiro, habilidoso, valente e de muita
força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na
mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a
andar nas pastagens. Em geral, trabalha
rodando sua guia por sobre a cabeça do consulente e depois a esfregando pelo
seu corpo, para promover a limpeza do campo áurico. Invariavelmente a guia arrebenta... Enquanto
os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é
possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.
A
corrente baiana é formada por espíritos alegres, brincalhões, descontraídos e
adoram "desmanchar" demandas. São pessoas que viveram na Bahia (geralmente)
, e que vêm ao terreiro para passar seu axé, e sua energia positiva. São muito
conselheiros, orientadores, aguerridos e chegados à "macumba" (dança
ritual), durante a qual trabalham enquanto giram com seus passos próprios. Apreciam
as "festas" que lhes fazem, onde bebem batida de coco e comem comidas
típicas da cozinha baiana. A gira do Povo Baiano é muito animada, estas entidades,
também têm muito o que ensinar. Salve o povo Baiano!
São
espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua
evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos
terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com
pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última
encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e
doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem
específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. Muitas entidades
que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais
poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de
ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas a
Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. Não gostam
de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões .Preferem as consultas, e em
seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente,
modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de
energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois
identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam
quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Eles manipulam as energias
elementares e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios
Orixás que os regem. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar,
correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessário muita
concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras
atrapalhem na mensagem a ser transmitida. É comum em uma gira de criança, ver
um médium "cambaleando" antes de incorporar inteiramente, isso se dá
devido à "disputa" que estes espíritos travam para ver quem incorpora
primeiro, bem típico desta linha. No seu dia de comemoração acaba virando uma
grande festa de aniversário, adoram guaraná e doces e promovem uma animada
"bagunça" quando baixam no terreiro. Sua energia é transbordante de
vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bênçãos da fertilidade e da harmonia. Os "meninos" são em sua maioria
mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e
calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando,
outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos
passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função
específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da
assistência. Estas entidades são a
verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da
aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com
uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados
para os casos de família e gravidez. Os pedidos feitos a uma criança
incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a
cobrança que elas fazem dos presentes prometidos é grande. Nunca prometa um
presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a
"brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido
pode não ser tão "engraçada" assim.
São
espíritos que já encarnaram na terra. Na sua maioria, tiveram vida difícil como
mulheres da vida; boêmios; dançarinas de cabaré, etc, etc... Estes espíritos
optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática de caridade,
incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com
respeito e carinho, são desconfiados, mas gostam de ser presenteados e sempre
lembrados. Estes espíritos, assim como os Preto-velhos, e crianças, são
servidores dos Orixás. Não se devem
confundir os Exus da Umbanda com Exu da Nação (candomblé), pois são diferentes. Apesar
das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança
do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados à prática do
"Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções
específicas e seguem as ordens de seus "patrões". Dentre várias, duas
das principais funções dos Exus são: A abertura dos caminhos e a proteção de
terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou obrigações.
Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de
Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal,
demanda e etc... de seus consulentes. Mas também durante as outras giras
(Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro e os
médiuns, para que a caridade possa ser praticada. Os exus recebem na Umbanda certas
denominações como Povo de Rua, Compadres e Comadres, Guardiões etc , para
classificar entidades que trabalham num plano astral evolutivo. Estas entidades
são firmadas em um lugar chamado de tronqueira. Saravá , Povo de Rua! Saravá,
os Compadres e as Comadres , Saravá os guardiões desse terreiro de Umbanda. Exú
é um tipo de entidade que trabalha na esquerda, são os espíritos, que melhor nos
entendem, pois conhecem o problema humano. São entidades em evolução, seu
trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus médiuns e a defesa do
terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida
sentimental e material. Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros,
bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e
vermelhas. Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante
os consulentes, principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o
farão. Exú é a Polícia de Choque da
Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres
encarnados. Na falange de Exú existem muitos, entre eles, estão: Exu Tranca-Rua-das-Almas,
Exu Tirirí, Exu Marabô, Exu Veludo, Exu Morcego, Exu Gira-mundo, Maria Padilha,
Maria Mulambo, Exu Caveira , Exu Ventania etc. Existem três tipos de Exu:
EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir
o Bem do Mal, trabalha para quem pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é
castigado pelas falanges do Bem, então volta-se contra quem o mandou.
EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o
Bem e o Mal, praticando os dois
conscientemente; são os capangueiros ou empregados das entidades, a cujo
serviço evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança.
EXU COROADO: é aquele que após grande
evolução como empregado das Entidades do Bem, recebem por mérito, a permissão de
se apresentarem como elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos,
Crianças, Oguns, Xangôs e até como Senhoras.
Os Exus estão divididos em 3 grandes linhas: Cemitério, Encruzilhada e Estrada.
Exus do Cemitério: É formada por Exus sérios, em sua
maioria servidores de Omulú (Rei do Cemitério). Não costumam dar consulta, se
apresentam principalmente em grandes obrigações, trabalhos e descarregos. Ex: Exu João Caveira; D. Maria Quitéria; Exu
Caveira, D. Rosa Caveira; Exu 7
Catacumbas; Exu 7 Facas, etc...
Exus da Encruzilhada: Esta linha é formada por Exus que
servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas
também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e
também de participar em obrigações e descarregos . Alguns deles se aproximam
muito (em suas características) da linha do cemitério, são os que chamamos de
"Encruza pesada", enquanto outros se aproximam mais da linha da
estrada, "Encruza leve". Ex: Exú Tranca Rua; Exú. Veludo; Exú das 7
Encruzilhadas; D. 7 Encruzilhadas; D. Maria Mulambo; etc...
Exus da Estrada: São os mais
"brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas
gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia
incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas
"brincadeiras" devem partir sempre do guia e nunca do consulente. São
os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e
também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo
tempo. Nesta linha trabalham vários
espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Ciganos e
a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de
já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada
espiritual trabalhando como Exus (Exu Mangueira, Exu do Tempo, etc...). Ex: D.Maria Padilha; Sr. Zé Pelintra; D.Rosa
Vermelha; Sr.Tiriri; D.Cigana/Ciganinha,etc Obs: Alguns terreiros giram ciganos junto com os exús.
Sua cor é
Vermelha é preta.
Sua guia
também é vermelha e preta. ou amarela e preta ou preta e branca
Sua roupa
da mesma cor, as Pombas Giras da saias compridas e blusa, e os Exús, de calça
camisa e capa.
Erva:
folha da fortuna
Simbolo:
é o tridente
Número: 7
Dia:
segunda-feira
Elemento
e força da natureza: fogo
Chakra
atuante: básico ou sacro
Saudação:
Laroiê-Exu
Negativo: Quiumbas
Local de
entregas: Encruzilhadas, cemitérios, praias, lodo, pedreiras, etc.
Encruzilhadas abertas: para todos Exus (indistintamente)
Encruzilhadas
fechadas: para todos os Exus (indistintamente)
Porteira
de Curral: Exu das Sete Porteiras
Encruzilhadas
Mistas: Exus mirins, etc...
Encruzilhadas
em "S" ou curvas: Exu Tira-teima
Encruzilhadas
em pé de galinha: Dona Pomba-gira
Encruzilhadas
em forma de T: Dona Pomba Gira
Encruzilhadas
de estrada de ferro: Dona Maria Padilha
Encruzilhadas
de caminho do mato: Dona Maria Molambo
Nas
curvas em S nunca se caminha pelo lado do ângulo da curva.
Nunca se
devem atravessar as encruzilhadas em diagonal, principalmente às de dentro do
cemitério. Ao utilizar-se uma porteira de curral, entra-se pelo lado direito e
sai-se pelo esquerdo.
Nota
especial da cor representativa e dos colares (guias) *
Vermelho e preto: para todos os EXUS de encruzilhadas.
Preto e branco: Para todos EXUS com chefia, independente do local que pertença.
Preto e amarelo: Exclusivas para os EXUS da Calunga Pequena (cemitério).
Os Exus nas sete linhas de
Umbanda
Linha de Oxalá: Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu
Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas etc.
Linha de Yemanjá: Todas as
Pombagiras.
Linha de Ogum: Exu Tranca Ruas das Almas, Exu
tranca Ruas de Embaré, Exu Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas, Exu Veludo, Exu 7
Encruzilhadas, Exu 7 Facas, Exu da Mangueira
Linha de Oxossi: Exu Marabô, Exu Tronqueira, Exu
Mangueira e outros.
Linha de Xangô: Exu Marabô, Exu
Toquinho, Exu Labareda, Exu do Lodo, Exu Pedra Negra.
Linha de Yorimá: Exu Caveira, Exu
Tatá Caveira, Exu 7 covas, Exu Bananeira, Exu Mulambo, Exu 7 porteira e
outros.
Linha de Yori: Todos os Exus
mirins.